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Em face da proliferação de diamantes sintéticos e tratados no mercado e, principalmente, da forma nem sempre clara, transparente e inequívoca com que são apresentados ao longo da cadeia de distribuição, com particular ênfase na comunicação com o consumidor, o sector do diamante em conjunto apresentou um guia para promover a urgente e desejável lisura de procedimentos nesta matéria.
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© Ace Studio |
De acordo com alguns analistas, e não obstante alguma opacidade no que diz respeito a estas estatísticas, estima-se que o mercado de diamantes sintéticos se cifre em cerca de 3 a 4% do mercado, significando cerca de 4 milhões de quilates (no ano de 2016). Os desenvolvimentos nas tecnologias de produção pelos métodos HPHT e CVD têm proporcionado registos de manufactura crescentes e, porventura devido à sua relativa novidade nos mercados (cerca de uma década), tais desenvolvimentos não foram acompanhados de forma efectiva e global pela regulamentação no que concerne à terminologia que deve ser usada nas suas transações. Apesar de certas organizações já terem disposições quanto à nomenclatura e boas práticas no que diz respeito à terminologia que deve ser usada para descrever e apresentar produtos com diamantes, diamantes sintéticos e diamantes tratados (e.g. CIBJO), foi em virtude desta falta de regulamentação e clareza, ou pelo menos da sua fraca visibilidade, que nove importantes organizações internacionais do sector do diamante (AWDC - Antwerp World Diamond Centre, CIBJO - The World Jewellery Confederation, DPA - Diamond Producers Association, GJEPC - India’s Gem Jewellery Export Promotion Council, IDI - The Israeli Diamond Industry, IDMA - International Diamond Manufacturers’ Association, USJC - United States Jewelry Council, WDC - World Diamond Council e WFDB - World Federation of Diamond Bourses) elaboraram um guia de terminologia (Diamond Terminology Guideline) para ser usado ao longo da cadeia de distribuição, até ao consumidor.
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Diamantes sintéticos CVD produzidos pela Gemesis (0,39 ct F-VVS2 e 0,83 ct J-VVS2) © GIA |
Este guia serve de documento de referência para os sectores do diamante e da joalharia, tornando claras e inequívocas as menções a diamantes, diamantes sintéticos e diamantes tratados, tendo sido produzido com base na norma ISO 18323 (“Jewellery – Consumer Confidence in the Diamond Industry”) e nas normas da CIBJO publicadas no Diamond Blue Book. Os nove signatários deste guia recomendam que todos os profissionais, suas organizações e representantes actuem em observância com este guia, promovendo maior transparência nas práticas comerciais e maior confiança do consumidor.
Esta iniciativa, há muito reclamada pelo sector e consumidores, é um importante passo no sentido da integração dos diamantes sintéticos no mercado e da sua necessária diferenciação dos diamantes naturais cujos valores associados são, como se sabe, elevados.
Segue, em baixo, uma tradução para português do referido guia para uso de toda a comunidade lusófona, seguindo também, no fim, um link para o original do documento.
O “Diamond Terminology Guideline”, no seu título original, serve como documento de referência para os sectores do diamante e da joalharia quando houver referência a diamantes e diamantes sintéticos. Está construído com base em duas normas (standards) internacionalmente aceites: a ISO 18323 Standard (Jewellery – Consumer Confidence in the Diamond Industry) e o Livro Azul de Diamantes da CIBJO (CIBJO Diamond Blue Book).
GUIA PARA A TERMINOLOGIA DO DIAMANTE
INTRODUÇÃO E REFERÊNCIA
Nove organizações líderes do sector do diamante (AWDC, CIBJO, DPA, GJEPC, IDI, IDMA, USJC, WDC e WFDB) desenvolveram o presente guia para encorajar o uso pleno, justo e efectivo de terminologia clara e acessível para os diamantes, diamantes sintéticos e imitações de diamantes por parte de todos os agentes, organizações e profissionais.O “Diamond Terminology Guideline”, no seu título original, serve como documento de referência para os sectores do diamante e da joalharia quando houver referência a diamantes e diamantes sintéticos. Está construído com base em duas normas (standards) internacionalmente aceites: a ISO 18323 Standard (Jewellery – Consumer Confidence in the Diamond Industry) e o Livro Azul de Diamantes da CIBJO (CIBJO Diamond Blue Book).
DEFINIÇÕES
- Um diamante é um mineral gerado na natureza; “diamante” significa sempre diamante natural.
- Um diamante sintético é um produto artificial que tem, no essencial, as mesmas características físicas do que um diamante.
- Uma imitação de diamante, também designado simulante de diamante (simulant), é um produto artificial que imita a aparência do diamante sem que tenha as as suas composição química, propriedades físicas e estrutura.
- Uma gema (gemstone) é um mineral natural que é usado na joalharia em virtude da combinação de beleza, raridade e valor intrínseco.
TERMINOLOGIA
Quando se fizer referência a diamantes sintéticos:- Usar as seguintes expressões autorizadas: “sintético” (synthetic), “crescido em laboratório” (laboratory-grown), ou “criado em laboratório” (laboratory-created).
- Não usar abreviaturas, tais como “lab-grown” e “lab-created”.
- Não usar os seguintes termos: “diamante de cultura” (cultured diamond) e “diamante cultivado” (cultivated diamond), pois as expressões “de cultura” e “cultivado” são exclusivas de produtos orgânicos/biogénicos.
- Não usar os seguintes termos: “real”, “genuíno”, “precioso”, “autêntico” e “natural”, pois estes aplicam-se exclusivamente a minerais naturais e a gemas.
RECOMENDAÇÃO
- Um diamante, por definição, é natural. Portanto, use-se a palavra “diamante” quem qualquer termo qualificador associado quando se fixer referência a um diamante. Se for necessária a diferenciação de diamantes sintéticos, use-se a expressão “diamante natural” como termo de significado equivalente.
- Não usar as seguintes expressões confusas: “diamantes tratados naturais” (natural treated diamonds) e “diamantes naturais tratados” (treated natural diamonds). Em vez disso, use-se simplesmente “diamantes tratados”.
QUANDO E ONDE USAR O GUIA PARA A TERMINOLOGIA DO DIAMANTE
- Os responsáveis da AWDC, CIBJO, DPA, GJEPC, IDI, IDMA, USJC, WDC e WFDB recomendam vivamente que todos os negociantes, agentes, organizações do sector e outras organizações actuem em observância com o Guia em todas as documentações, sítios de internet e noutros demais meios de comunicação que pretendam e.g. vender, comprar e promover diamantes, diamantes sintéticos, gemas, relatórios gemológicos (gemmological laboratory reports), joalharia com diamantes e joalharia com diamantes sintéticos.
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Para baixar o original do documento, clique aqui: http://www.cibjo.org/wp-content/uploads/2018/01/Diamond-Terminology-Guideline.pdf
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